De repente nos vimos em companhia de dois novos acontecimentos no LABxS. Fernando Hermógenes e Santiago Cao, artistas residentes, que por um mês nos brindam com suas presenças. E a presença deles gerou dobramentos no pensar/agir e a quebra de um padrão quase instituído de falarmos sobre as coisas, em nossas reuniões da Colaboradora, e nos convocaram a uma discussão potente sobre a arte.
Fernando nos intrigou com sua apresentação na qual fala já ter fechado 25 museus, criações próprias e também coletivas. Mais tarde viríamos a entender como isso se dá…
De cara nos mostrou sua doçura e disponibilidade.
Abordou as suas descobertas e o uso da precariedade como método, nos aproximando da reflexão de olharmos para o entorno como abundância, e não falta. Também nos contou sobre sua experiência com as tão sábias crianças, junto às quais conclui que “não há bonito, nem feio; mas diferente.”
Santiago nos falou sobre o tempo de observação, as brechas e ranhuras pelos caminhos, a quebra das dicotomias e maniqueísmos; nos sugeriu que desfaçamos “ou, ou, ou…” para nos abrirmos ao “e, e, e…”; a arte como parte da vida: que diz, provoca; diz, nada; propõe que tiremos os nossos saberes das formas, das “caixinhas”. Logo estávamos admiradxs com sua argúcia e sedentxs por seguir discussões afins.
Como é bom ter vocês por perto!