Por Marina Paes
Dez dias de atividades, antecedidos por meses de distintas produções e diferentes processos criativos
Ao longo do Encontro de Culturas e Comunidades, nós membros da Colaboradora pudemos apresentar um pouco das nossas obras, dos nossos passos, dos nossos abraços, quase como em uma proposta de desfecho.
Em um destes dias participei de um conversatório, cujo tema era homônimo ao título desta postagem, a fim de compartilhar meu olhar sobre as vivências neste período da Colaboradora, de maio a dezembro.
Minhas reflexões me levaram a ao menos 3 pontos de atenção. Que a participação neste projeto gerou a cada um(a):
- Encontro consigo – dadas as múltiplas subjetividades, os momentos de vida, as dores e delícias para as quais nos voltamos mais profundamente;
- Encontro com outros – o comum como o diverso, o diferente; a importância da alteridade e do que subjaz ao estar com outras pessoas;
- Encontro com o território – em nossas derivas, imersões, passeios despretensiosos ou não…estávamos acessando as formas de vida da região e sentindo as trocas no ambiente.
*também nos encontramos com o que já estava ali, com o que habitava a região [o projeto de Marilda Carvalho, “História de Gentes e Plantas” é primoroso em relação ao contato com a história oral local].
Todos estes encontros partiram da premissa de que faríamos colaborativamente para alcançarmos o proposto pelo Instituto (ou o que almejávamos, ou o que surgia como objetivo a cada momento)…e tudo isso tem a ver com um certo modo de nos organizarmos na cidade.
Os encontros entre artistas e produtorxs culturais de diferentes linguagens inspiram, e geram referências para nossas vidas.
Pensei que nos Encontros cabem também “Desencontros” (Bruno Malagrino), “Fricções” (Nina Guzzo) e tantas outras conexões.
Como continua e se continua a Colaboradora tal como se deu neste ano, não sei. Mas sigo interessada por iniciativas nesta direção e afetada permanentemente por esta experiência.