Por Marina Paes
No dia 31 de agosto celebramos a abertura da exposição do parceiro Mid “Lóki”. Em seu rosto, seu gestual, sua liberdade no andar entre amigues percebíamos a alegria e a sensação de satisfação de alguém que, com seu talento e dedicação, conquistou o reconhecimento de um nicho de pessoas e que está embarcando rumo a novas e auspiciosas viagens.
A produção frenética, tão escura – em contraponto à clareza – e ao mesmo tempo incógnita, dado que enredada nos labirintos já produzidos pela cidade ensandecida, causam surpresa por sua magnitude e admiração. E assim, torço. Por esta vida. Travestida em letras viradas do avesso, por traços que não carecem explicação, mas são sentidos, e que exerce o livramento dos pequenos fascismos esparsos no ar do cotidiano urbano.
O paradoxo do contentamento e amor distribuídos se deu já ao fim da noite, nas ruas, quando Mid pretendia estender sua celebração e foi interditado por atitude violenta de alguém que exercia um podre poder…
Daí eu penso, me lembrando do mestre Arnaldo Baptista “quem é o Lóki?”
“Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?
Sou malandro velho
Não tenho nada com isso
A gente andou
A gente queimou
Muita coisa por ai
Ficamos até mesmo todos juntos
Reunidos numa pessoa só”
Estávamos juntxs, continuamos juntxs e Mid segue firme e forte adentrando onde ele quiser!