Por Ewald Cordeiro
Estávamos ocupando o plano baixo na via de fluxo menor, podendo não enxergar, mas ao mesmo tempo percebendo o território de uma forma tão sensível e intensa que nenhuma desconstrução da linguagem seria capaz de descrever…
Durante o mês de agosto participei do “Laboratório de Cartografias Sensíveis em espaços públicos” com Santiago Cao e outros diversos amigos que foram cultivados em longas horas de trabalho, experimentações, estudos e vivências.
Posso garantir que meu olhar sobre os lugares que eu passo nunca mais será o mesmo. Seja através da visualização de práticas normais, violatórias e desviantes que até então não eram percebidas, ou o desejo de toda hora identificar se os lugares são públicos, privados ou íntimos.
Ao final do processo, fizemos uma intervenção na frente da catraia. Através de um dispositivo agregador de corpos (pipoca na churrasqueira) e um dispositivo ativador de histórias (caixa de músicas) criamos um lugar onde pudemos sentir na prática todos os saberes que construímos e desconstruímos.
Ahhh… Como se fosse possível esquecer o nosso picnic na rua para celebrar o final deste ciclo, com direito até de outros corpos tentarem afastar os nossos corpos.
Este nosso grupo segue ativo e com planos de continuar cartografando por aí! <3