Por Juliana Luneta
Por baixo das rachaduras
no movimento da água
nas ondas escuras
O lugar que chego sempre
de volta no cais
Os rostos que vejo a dormir
ao lado, seus ancestrais
O sol encontrando-se
numa sombra profunda
à margem da imagem
não havia palavra alguma
que fosse alma
mais triste e encolhida
retida na passagem
da sua parte da vida
Uma pausa possuía
a falta e a ausência
naquela casa de vento
contida a sua essência
Seu nome, seu nome
eu quase repito
É tão grande o corte
É tão forte o grito!